segunda-feira, 16 de outubro de 2017

4˚ Festival Kino Beat 2017

4ª Edição do Festival Kino Beat de Imagem e Som em movimento, traz atrações nacionais e internacionais inéditas para Porto alegre. 

No dia 08 de novembro e de 16 à 19 de novembro acontece no Teatro do SESC Centro, a 4˚ edição do Festival Kino Beat, que reúne diversas atrações nacionais e internacionais em apresentações com entrada franca. O Kino Beat é um Festival de música exploratória, performances audiovisuais multimídia e artes integradas. 

A partir dos pilares, imagem (Kino) e som (Beat), apresenta artistas e atividades multidisciplinares, que utilizam de diversos modos as tecnologias no processo criativo de suas obras. O experimental, o sensorial e a imersão, são premissas para composição do seu programa. O subtítulo “imagem e som em movimento” que dá apoio ao nome do festival, além de indicar a movimentação física, da pressão sonora ou da luz, aponta um movimento de constante evolução do festival. 

O Kino Beat reforça com a sua programação o seu compromisso de privilegiar propostas artísticas emergentes, ou já consolidadas, mas com pouca visibilidade na cidade. O Festival tem como missão propor experiências, surpreender e desafiar, ao mesmo tempo tem a necessidade de formar e consolidar um público, ser um agente estimulador para artistas locais e um ponto de conexão com o mundo. 

 O 4˚ Festival Kino Beat é uma realização do SESC-RS e Kino Beat, e conta com o apoio da Aliança Francesa, Timac Agro, Embaixada da Espanha, Cine Esquema Novo, Silvo, Sinergy, Bandits e Conseil des arts et des lettres du Québec. A programação da 4˚ edição é concentrada no Teatro do SESC Centro, serão 8 espetáculos, 2 sessões de cinema, 1 workshop e 1 instalação, de artistas oriundos de 5 países. Estruturada em eixos, a programação aproxima artistas e linguagens por afinidades criativas. Os eixos são transversais e perpassam os limites da programação em cada um dos dias, o que resulta em uma polifonia estética. 

O eixo Brasil Atemporal expõem sonoridades e imagens que resgatam artistas e tradições esquecidas ou pouco conhecidas da música feita no Brasil, seja através de interpretações originais ou resignificadas. 
O eixo é composto por: 
Cadu Tenório e Juçara Marçal 
Maria Rita Stumpf 
DJs Selvagem 
Trilogia de curtas-metragens Cantos de Trabalho, de Leon Hirzman 

No sábado dia 18/11 a dupla Cadu Tenório e Juçara Marçal apresentam o show ruidoso e visceral baseado no disco Aganga, lançado em 2015. Parte do disco são reinterpretações contemporâneas de vissungos (cantos de trabalho) recolhidos por Aires da Mata Machado Filho em São João da Chapada, município de Diamantina (MG) na década de 1920 —, além de cantos do Congado Mineiro. 



Antes do show Aganga, será exibido a trilogia Cantos de Trabalho do cineasta carioca Leon Hirszman. Formada por Mutirão, Cacau e Cana-de-açúcar, três documentários de curta-metragem que registram as cantorias dos trabalhadores na zona rural do Nordeste brasileiro, registrado entre 1974 e 1976. 

No domingo 19/11 a cantora e compositora gaúcha Maria Rita Stumpf, que teve seu primeiro disco, "Brasileira", lançado em 1988, retorna aos palcos depois da carreira pausada no início dos 90. A artista e sua banda, apresentam repertório do disco “Brasileira”, que foi relançado esse ano, após ser redescoberta principalmente por jovens DJs e colecionadores de vinil mundo a fora. Hoje, o disco original "Brasileira" é item de colecionador, sendo encontrado à venda por centenas de euros em sites especializados. Há desde cânticos brasileiros a percussões africanas, toques indígenas, passando por flautas, piano e sintetizadores. As fusões e temáticas que tornaram o disco incompreendido na época do seu lançamento é justamente o que o torna vivo e relevante 30 anos depois. 



A abertura do show da Maria Rita Stumpf será feita pelos DJs da Selvagem, na cafeteria do SESC, com a discotecagem de músicas brasileiras que você nunca imaginou que existisse. A dupla, criadora do selo musical Selva, é responsável pelo relançamento do disco “Brasileira”. 



O eixo Instrumentos Oníricos contempla artistas que criam músicas fantasiosas, de natureza sutil e introspectiva, repletas de paisagens de silêncio e sons, que acompanham longas viagens em estradas imaginárias. Na produção dessas músicas, objetos sonoros, instrumentos acústicos, eletrônicos e digitais se equivalem como protagonistas. 
O eixo é composto por: 
Pierre Bastien
Barulhista e Solaris 
workshop de objetos sonoros do Paulo Santos (Uakti) 

No dia 16/11, o cavalheiro francês nascido em 1953 chamado Pierre Bastien apresenta o show Quiet Motors. No cruzamento entre música e arte visual, ele mistura os sons do seu trompete com os barulhos das esculturas de som mecânicas que ele próprio constrói, também projetando em tempo real o interior dessas esculturas. Seu trabalho é descrito como "uma orquestra de som atemporal, tanto futurista quanto ligeiramente Dada, evocando antigas tradições em sua música surpreendentemente sensual". 

Na sexta dia 17/11 o artista mineiro Barulhista mostra o seu trabalho criado a partir da lógica do remix. Barulhista cria intrincadas camadas sonoras a partir dos cacos de sons e imagens que lhe servem de alicerce. Um trabalho de sensibilidade, repleto sintetizadores preguiçosos e climáticos que se espalham ao fundo de cada composição. Ruídos eletrônicos, captações urbanas e batidas tortas. Ambientações oníricas e bases dançantes, que fazem valer a frase “música para dançar sentado” que o artista usa para apresentar sua própria obra. 



No sábado dia 18/11 o paulista Richard Ribeiro, um dos mais criativos bateristas da atualidade, apresenta peças instrumentais exploratórias inéditas. No palco, ele conta também com vibrafone, arcos, sinos e sampler. O seu trabalho como Solaris é impulsionado, entre outras referências, por literatura de ficção científica e realismo fantástico. Atualmente, o baterista trabalha em estúdio e se apresenta ao vivo junto a nomes como Marcelo Jeneci, Gui Amabis, Arthur Nogueira e Guizado, Tulipa Ruiz, Marcelo Camelo, Karina Buhr, entre outros expoentes da nova canção. 



Ainda no sábado o músico multi instrumentista, Paulo Santos co-fundador do grupo mineiro Uakti, ministra um workshop sobre Objetos Sonoros. Ele aborda a linguagem musical e didática do Uakti, práticas rítmicas utilizando figuras geométricas, “tubos baquetas” e objetos do cotidiano doméstico. O workshop nasceu a partir de sua pesquisa com objetos sonoros e a possibilidade de compor para estes sons, focando nos processos de tirar som dos objetos, definir técnicas de performance e depois compor com estas sonoridades. Outro ponto abordado, trata da experiência musical adquirida nestes anos em que foi músico atuante do grupo Uakti, com apresentações por todo mundo e colaborações outros artistas renomados. 



O eixo Audiovisual Explodido desarma as barreiras entre música, cinema e performance, ampliando o olhar nos espaços fronteiriços onde se situam os artistas selecionados. A complexa tecnologia que transforma campos eletromagnéticos em som e luz, se choca com projetores analógicos e o fetiche da película, que abre espaço para interações reativas entre som e imagens digitais. 
O eixo é composto por: 
Martin Messier, Hroski, Luis Macías e Adriana Vila Guevara (CRATER-LAB) e a 
mostra PHENOMIA, de curtas experimentais espanhóis



O festival abre na quarta dia 08/11 com a performance de cinema ao vivo e expandido “Mesmo o Silêncio é Causa de Tempestade” dos espanhois Luis Macías e Adriana Vila Guevara, atividade realizada em parceria com o Festival Cine Esquema Novo e apoio institucional da Embaixada da Espanha. Criada a partir de dispositivos de projeção analógica, com slides de 35mm e película de 16mm (manipulada com processamento manual, experimentos fotoquímicos e impressão óptica quadro a quadro). Combina o som criado por Alfredo Costa Monteiro, de gravações de campo e música eletroacústica, em uma performance de experimentação visual e sonora. Uma experiência perceptiva exorbitante sobre a relação com a natureza: hipnótica, sutil e violenta. Depois da performance os dois artistas apresentam a mostra PHENOMIA, um programa de curtas-metragens experimentais realizados por autores espanhóis, que exploram o meio cinematográfico através de técnicas e procedimentos não convencionais, gerando relações entre formatos analógicos e digitais.

Filmes da Mostra PHENOMIA

SIN DIOS NI SANTA MARÍA Samuel M. Delgado e Helena Girón / 2015 / 16mm (projeção em vídeo) / som / cor / 11min.

THIS BOGEYMAN Pere Ginard / 2016/ super8 (projeção em vídeo) / som / cor / 3min

LISTEN TO ME Carla Andrade / 2016 / super 8 (projeção em vídeo ) / som / b&n e cor / 7min

ANSWER PRINT Mónica Savirón / 2016 / 16mm (projeção em vídeo) / som / cor / 5min

FILM QUARTET / POLYFRAME Antoni Pinent / 2006-2008 / 35mm (projeção em vídeo) / som / b&n-color / 9'24 min

PIXEL JUNGLE Klara Ravat / 2015 / 16mm / mudo / cor / 3.26 min

PSYCHO 60/98 Blanca Rego / 2016 / vídeo / som / cor / 6'18 min

40" OF A FRAME Albert Triviño / 2009 / super8 (projeção em vídeo) / cor / mudo / 40 "min

THE KISS Luis Macias / 2014 / 35mm (projeção 16mm) / b&n / som / 8'50 "min



Na quinta dia 16/11 o canadense Martin Messier lança o seu mais novo projeto FIELD, e assume que é possível criar sons usando campos eletromagnéticos do nosso meio ambiente. Esses sinais elétricos imperceptíveis são captados por microfones eletromagnéticos transdutores, e se tornam os geradores da performance. No palco, ele toca com duas placas de conexão, desenvolvidas por ele mesmo, que oferecem várias possibilidades de entrada e saída do som. 


Por um contínuo movimento de plugar e desplugar nas placas, emerge uma composição de som e luz. Com FIELD, Messier materializa esse fluxo de energia antes inaudível e invisível. 

Na quarta dia 17/11 o belga radicado na Suíça, Hroski, mostra pela primeira vez fora da Europa o seu projeto audiovisual recém criado. Sua apresentação essencialmente eletrônica, combina imagens reativas ao som, controladas por um dispositivo de luz esférica, que dispara representações visuais da personalidade musical e pessoal do artista. Suas composições transitam entre o hip hop instrumental e o pop eletrônico, no meio do caminho entre a introspecção da mente e a vibração do corpo.




         Programação 4˚ Festival Kino Beat - 8 e 16 a 19 de novembro no Teatro do SESC Centro

08/11 quarta-feira (20h) - Luis Macías & Adriana Vila Guevara (Espanha/Venezuela) “Mesmo o Silêncio é Causa de Tempestade” + Mostra PHENOMIA de curtas experimentais espanhóis. 

16/11 quinta-feira (20h) - Martin Messier performance FIELD (Canadá) e Pierre Bastien performance Quiet Motors (França) 

17/11 sexta-feira (20h) - Barulhista (BH) e Hroski (Bélgica) 

18/11 sábado (19h) - Cadu Tenório (RJ) e Juçara Marçal (SP) no show Aganga + Solaris (SP) + Trilogia de curtas Cantos de Trabalho do Leon Hirzman + Workshop Objetos Sonoros - Paulo Santos (Uakti) 16h (local a confirmar) 

19/11 domingo (19h) - Maria Rita Stumpf e banda + DJs Selvagem (SP) (na cafeteria) 18h 

De 08/11 à 19/11 na entrada do SESC Centro Marcelo Armani (RS) Da Escuta da Matéria aos Escombros do Ser. Instalação sonora silenciosa. 

Entrada Franca 
Distribuição de ingressos inicia 1 hora antes do início do espetáculo na bilheteria do Teatro do SESC - Av. Alberto Bins, 665 - Centro, Porto Alegre(sujeito a lotação).

Acompanhe a programação e informações pelo fb/kinobeat

Informações: gabrielcevallos@kinobeat.com

domingo, 15 de outubro de 2017

Eixo Brasil Atemporal - 4ª Edição Kino Beat

No dia 08 de novembro e de 16 à 19 de novembro acontece no Teatro do SESC Centro, a 4˚ edição do Festival Kino Beat, que reúne diversas atrações nacionais e internacionais em apresentações com entrada franca. 

 A programação da 4˚ edição é concentrada no Teatro do SESC Centro, serão 8 espetáculos, 2 sessões de cinema, 1 workshop e 1 instalação, de artistas oriundos de 5 países. Estruturada em eixos, a programação aproxima artistas e linguagens por afinidades criativas. Os eixos são transversais e perpassam os limites da programação em cada um dos dias, o que resulta em uma polifonia estética. 


O eixo Brasil Atemporal expõem sonoridades e imagens que resgatam artistas e tradições esquecidas ou pouco conhecidas da música feita no Brasil, seja através de interpretações originais ou resignificadas. 

O eixo é composto por: Cadu Tenório e Juçara Marçal, Maria Rita Stumpf, DJs Selvagem e a trilogia de curtas-metragens Cantos de Trabalho, de Leon Hirzman. 

No sábado dia 18/11 a dupla Cadu Tenório e Juçara Marçal apresentam o show ruidoso e visceral baseado no disco Aganga, lançado em 2015. Parte do disco são reinterpretações contemporâneas de vissungos (cantos de trabalho) recolhidos por Aires da Mata Machado Filho em São João da Chapada, município de Diamantina (MG) na década de 1920 —, além de cantos do Congado Mineiro.



Antes do show Aganga, será exibido a trilogia Cantos de Trabalho do cineasta carioca Leon Hirszman. Formada por Mutirão, Cacau e Cana-de-açúcar, três documentários de curta-metragem que registram as cantorias dos trabalhadores na zona rural do Nordeste brasileiro, registrado entre 1974 e 1976. 

No domingo 19/11 a cantora e compositora gaúcha Maria Rita Stumpf, que teve seu primeiro disco, "Brasileira", lançado em 1988, retorna aos palcos depois da carreira pausada no início dos 90. A artista e sua banda, apresentam repertório do disco “Brasileira”, que foi relançado esse ano, após ser redescoberta principalmente por jovens DJs e colecionadores de vinil mundo a fora. Hoje, o disco original "Brasileira" é item de colecionador, sendo encontrado à venda por centenas de euros em sites especializados. Há desde cânticos brasileiros a percussões africanas, toques indígenas, passando por flautas, piano e sintetizadores. As fusões e temáticas que tornaram o disco incompreendido na época do seu lançamento é justamente o que o torna vivo e relevante 30 anos depois. A abertura do show da Maria Rita Stumpf será feita pelos DJs da Selvagem, na cafeteria do SESC, com a discotecagem de músicas brasileiras que você nunca imaginou que existisse. A dupla, criadora do selo musical Selva, é responsável pelo relançamento do disco “Brasileira”.

Programação completa:
Programação 4˚ Festival Kino Beat - 8 e 16 a 19 de novembro no Teatro do SESC Centro

08/11 quarta-feira (20h) - Luis Macías & Adriana Vila Guevara (Espanha/Venezuela) “Mesmo o Silêncio é Causa de Tempestade” + Mostra PHENOMIA de curtas experimentais espanhóis. 

16/11 quinta-feira (20h) - Martin Messier performance FIELD (Canadá) e Pierre Bastien performance Quiet Motors (França) 

17/11 sexta-feira (20h) - Barulhista (BH) e Hroski (Bélgica) 

18/11 sábado (19h) - Cadu Tenório (RJ) e Juçara Marçal (SP) no show Aganga + Solaris (SP) + Trilogia de curtas Cantos de Trabalho do Leon Hirzman + Workshop Objetos Sonoros - Paulo Santos (Uakti) 16h (local a confirmar) 

19/11 domingo (19h) - Maria Rita Stumpf e banda + DJs Selvagem (SP) (na cafeteria) 18h 

De 08/11 à 19/11 na entrada do SESC Centro Marcelo Armani (RS) Da Escuta da Matéria aos Escombros do Ser. Instalação sonora silenciosa. 

Entrada Franca 
Distribuição de ingressos inicia 1 hora antes do início do espetáculo na bilheteria do Teatro do SESC - Av. Alberto Bins, 665 - Centro, Porto Alegre(sujeito a lotação).

Acompanhe a programação e informações pelo fb/kinobeat

Informações: gabrielcevallos@kinobeat.com

Sobre os artistas: 

Juçara Marçal e Cadu Tenório no show Aganga - 18/11 19h 

A cantora Juçara Marçal e o músico e experimentador carioca Cadu Tenorio apresentam Anganga, reinterpretações contemporâneas de vissungos recolhidos por Aires da Mata Machado Filho em São João da Chapada, município de Diamantina (MG) —, além de cantos do Congado Mineiro. Anganga é a entidade suprema do povo banto (“Anganga Nzambi”). A palavra consta do canto do congado “Grande Anganga Muquixe”, cujos versos indicam reverência àquele cuja “gunga não bambeia”, o mestre, o mais velho. Trata-se de uma expressão que diz respeito à reverência ao passado. Os “Cantos II”, “III”, “VI” e “VII” presentes no disco são vissungos (cantos de trabalho) recolhidos por Aires da Mata Machado Filho na década de 1920. 

O linguista registrou 65 partituras desses cantos no livro “O Negro e o Garimpo em Minas Gerais”. Em 1982, Aires autorizou a gravação de catorze deles no álbum O Canto dos Escravos, interpretados pelas vozes de Clementina de Jesus, Geraldo Filme e Tia Doca da Portela. “Eká” e “Taio” são composições de Cadu Tenório com a colaboração de Juçara Marçal.

Cadu Tenório: Prolífico artista atuante no circuito eletrônico e experimental carioca, tendo seu nome associado como compositor e músico a inúmeros projetos, tais como Sobre a Máquina, Ceticências, VICTIM! e Gruta. Seu trabalho é geralmente construído na exploração de processos de gravação e pela obtenção de timbragens incomuns a partir de gravações de campo, tape loops, instrumentos processados e timbres extraídos de objetos cotidianos. Entre lançamentos nacionais e internacionais possui uma extensa discografia, tendo Cadu se apresentado e gravado com artistas dos mais variados segmentos, tais como Paal Nilssen-Love, Juçara Marçal, Thomas Rohrer e Marcio Bulk. No final de 2016, quando comemorou 10 anos de atividades, Cadu Tenório lançou o registro duplo “Rimming Compilation. 

JUÇARA MARÇAL Cantora do grupo Metá Metá. Também já integrou os grupos Vésper Vocal e A Barca. Lançou em 2014 o disco solo ENCARNADO, com músicas de Kiko Dinucci, Rodrigo Campos, Tom Zé, entre outros compositores. O disco ganhou o Prêmio APCA – Melhor Álbum de 2014, Prêmio Governador do Estado – Melhor Álbum – Voto do Júri, e Prêmio Multishow de Música Compartilhada, entre outros. 

Em 2015, lançou ANGANGA, em parceria com Cadu Tenório, músico e experimentador carioca. Juçara formou-se em Jornalismo pela ECA- USP e em Letras na FFLCH-USP. Defendeu dissertação de Mestrado em Literatura Brasileira, em 2000, a respeito do memorialista mineiro Pedro Nava. Foi professora de canto do Curso Superior de Teatro da Anhembi-Morumbi de 2001 a 2015, e faz parte do corpo docente do Curso de Pós-Graduação sobre a Canção Brasileira, da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. 

Disco completo: 



Mais em:


Maria Rita Stumpf 

Relançando o disco Brasileira de 1988- 19/11 - 19h Maria Rita Stumpf: sonoridade redescoberta

A força, originalidade e qualidade de um trabalho capaz de gerar "redescobertas" 30 anos depois de seu lançamento poderão agora ser sentidas ao vivo. Maria Rita Stumpf, cantora e compositora gaúcha que teve seu primeiro disco, "Brasileira", lançado em 1988, ao poucos retoma carreira musical pausada no início dos 90. Suas canções foram relançadas pelo selo Selva Discos, criado pelos DJs da Selvagem, após ser redescoberta principalmente por jovens DJs e colecionadores de vinil. Para fazer eco, uma agenda de shows ganha corpo.

O estopim para o recomeço veio quase três décadas depois. A faixa que abre o álbum, "Cântico Brasileiro Nº3 (Kamaiurá)", se tornou hit em festas de musicalidades brasileiras na Europa e Japão através de DJs, até chegar ao Brasil. O LP já era objeto do desejo de colecionadores de vinil ao redor do mundo e chegava a alcançar preços de 800 euros na internet. Parte do sucesso tardio se deu pela união de sonoridades que a artista reúne. Há desde cânticos brasileiros a percussões africanas, toques indígenas, passando por flautas, piano e sintetizadores. Na produção independente, contou com Ricardo Bordini, Luiz Eça e o grupo Uaktí.



Em 1989, foi indicada ao Prêmio Sharp na categoria Revelação Feminina. Apesar da origem no Rio Grande do Sul, não tem as músicas dos pampas como ponto de partida para seu trabalho autoral. "O ambiente sonoro das pessoas, dos lugares, o sofrimento de brancos, índios e negros, e também seu deleite era o que me atraía", comenta a compositora. "Para mim, tudo começava na voz e se ia construindo na memória, repetindo para guardar o já criado e pouco a pouco ouvindo a letra, as palavras cantadas, instrumentos, ventos, sopros, outras vozes, atmosferas e tecidos sonoros".

Fugindo das limitações geográficas da música, mudou-se para o Rio de Janeiro na metade dos anos 80, entrando em contato com a nova geração de compositores da época. Chegava ao Rio selecionada pela Funarte para apresentar na célebre série da Sala Sidney Miller suas composições de amplo espectro criativo. Ainda como cantora, lançou em 1993 "Mapa Das Nuvens", destacando a presença de Marcos Suzano, Lui Coimbra, Danilo Caymmi, Andre Santos, Farlley Derze e Eduardo Neves. Juarez Fonseca, respeitado crítico da Zero Hora de Porto Alegre, escreveu sobre o segundo trabalho de Mara Rita: “ .. é para o ouvinte que gosta de desafios, ama a surpresa, apaixona-se pelo não comum. Um antídoto contra o banal. Maria Rita elabora uma concepção erudita do popular. “ 

Foi já 2015 que seu trabalho como cantora foi sendo redescoberto. John Gomez, DJ anglo espanhol, encontrou o LP da cantora no Japão, o que o inspirou a criar a coletânea "Outro Tempo", lançado em fevereiro deste ano na Europa pelo selo holandês Music From Memory. O álbum duplo reuniu faixas de música contemporânea lançadas no Brasil entre 1978 e 1992, incluindo "Cântico Brasileiro Nº3". Em poucos dias, o disco estava esgotado na Europa e entrou em segunda prensagem. Na mesma época, recebeu uma ligação do amigo Beto Kaiser, que tinha atuado como diretor técnico na sua produtora Antares, dizendo que seu filho Millos era um grande fã e a buscava há meses sem se dar conta que a conhecia desde criança. Millos Kaiser é um dos DJs do projeto Selvagem, ao lado de Augusto Olivani. O duo foi responsável por um single que inclui um remix a partir de uma regravação feita por Maria Rita e Paulo Santos do Uaktí em fevereiro deste ano de "Cântico Brasileiro Nº3 (Kamaiurá)" e um de "Lamento Africano/Rictus" com o DJ francês Joakim e será lançado nos próximos meses.

O selo Selva, colaboração do Selvagem com o JD Twitch do selo Optimo, decidiu relançar "Brasileira" em sua íntegra, remasterizado e com os materiais gráficos originais. Hoje, "Brasileira" é item de colecionador, sendo encontrado à venda por centenas de euros em sites especializados. A união de ritmos que beiram o tribal, o étnico, com batidas típicas da música eletrônica, vêm ganhando destaque entre DJs do mundo todo, aumentando esta redescoberta de grandes talentos antes ignorados, o que valoriza as edições de discos como os de Maria Rita Stumpf.

Aos poucos, sua musicalidade autoral e inovadora vai ganhando o reconhecimento devido. Maria Rita Stumpf voltou aos palcos para os relançamentos de suas canções. Há eventos confirmados no Teatro de Câmara do Cine Brasil Vallourec de Belo Horizonte no dia 1º de Novembro, na cult Casa de Francisca no centro histórico de São Paulo, dia 8 de Novembro e no encerramento do Kino Beat Festival em Porto Alegre no dia 19 de Novembro no Teatro do SESC Centro. Maria Rita estará acompanhado do brilhante tecladista e programador Danilo Andrade, do super percussionista Paulo Santos, fundador do grupo Uaktí e de André Santos, contrabaixista e violinista com quem atuou na década de 90. No repertorio, canções que integram o LP Brasileira e algumas surpresas. 

http://www1.folha.uol.com.br/paywall/login.shtml?

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/03/1869960-cantora-maria-rita-stumpf-revelacao-de-1989-e-redescoberta-por-djs.shtml 

http://www.stampthewax.com/2017/02/16/john-gomez-searches-for-brazils-spaces-in-between/https://thump.vice.com/pt_br/article/yp9bzm/outro-tempo-coletanea

https://www.residentadvisor.net/news.aspx?id=39242http://noize.com.br/o-rarissimo-brasileira-de-maria-rita-stumpf-e-reeditado-em-vinil-pela-primeira-vez-selo-selva-discos/#1



DJ Selvagem (SP) 19/11 17h @ Café SESC 

Selvagem é a festa criada pelos DJs Millos Kaiser e Trepanado em 2011, bem como a alcunha que os dois usam quando discotecam juntos. A marca nasceu em São Paulo, onde eles começaram a tocar em uma festa própria, gratuita, realizada numa praça em pleno centro da cidade, chegando a reunir 3 mil pessoas. Após alguns anos da "missa dominical", a dupla diversificou sua operação realizando também edições noturnas e com convidados nacionais e internacionais em diferentes e inexplorados locais. Por três anos consecutivos, foi nomeada pelo Guia da Folha de S. Paulo "Melhor festa da cidade".

Atualmente ela também acontece regularmente no Rio de Janeiro, onde em fevereiro Millos e Trepanado realizam um grande baile de carnaval tocando mais de 12 horas seguidas para mais de 5 mil pessoas. A música da dupla passeia por eras, estilos e origens distintos, sempre procurando apresentar um repertório original. Músicas raras, marginais, hits perdidos. Ambient, reggae, zouk, boogie, disco, house. E muita música brasileira que você nunca imaginou que existisse. A dupla já lançou 5 discos com edits de faixas nacionais em selos como B.I.S. Records Inc. (do show de rádio Beats In Space), Disco Halal, Hello Sailor e Universal Cave. Recentemente, lançaram o Selva Discos, selo próprio dedicado a desencavar artistas e obras brasileiras perdidas no tempo e no espaço. O primeiro release é o álbum "Brasileira", gravado pela cantora Maria Rita Stumpf em 1989.

A primeira prensagem do LP já está esgotada. Neste ano, os dois DJs apresentaram-se no renomado festival Dekmantel, nas edições brasileiras e holandesas, além de figurarem no line-up da Tenda Eletrônica do Rock In Rio.

Links Apresentação no Boiler Room Stage (Dekmantel Holanda 2017):


Mais em:
http://soundcloud.com/selvagem 
https://musicnonstop.uol.com.br/a-selvagem-faz-5-anos-e-quem-ganha-o-presente-e-voce-um-playlist-com-132-hits-da-festa/http://rockinrio.com/rio/pt-BR/line-up/selvagem