terça-feira, 22 de abril de 2014

A TECNOLOGIA NO PROCESSO CRIATIVO





Quando ouvimos falar em inovação, é comum pensarmos em artefatos tecnológicos, e uma infinidade de gadgets que surgem a todo estante. No entanto, a inovação também está associada a processos de criação que refletem na forma como artistas desenvolvem sua arte. O Curador do projeto Kino Beat Gabriel Cevallos, conversou com o arquiteto e artista Bruno Borne sobre estes processos criativos que englobam novas metodologias.

A atual cena contemporânea entre arte e tecnologia oferece amplas oportunidades para artistas refletirem sobre esses novos desafios, sobre os novos processos de trabalho. Para Bruno o fator decisivo para o seu processo criativo está na relação com o espaço (local) em que se irá trabalhar, para criar uma adequação tecnológica.

“Os conceitos determinantes de trabalho são a relação do espaço para expor, a chamada site-specific e a utilização de reflexões e espelhamentos. Já que tecnologia também exige uma sistematização da produção, que precisa ter etapas bem definidas de trabalho e bastante pesquisa. Ela possibilita que eu realize sozinho, tarefas que precisariam de grandes equipes de profissionais e muitas horas de trabalho. Ao mesmo tempo, ela também limita algumas escolhas que dependem de padrões de software ou hardware. A medida que tenho exposto cada vez mais também percebo que a tecnologia também tem um lado "dramático" até pela sua complexidade e certa "precariedade" dos objetos tecnológicos. A luz pode faltar/ou desligar, projetores queimam, computadores travam, tudo isso ameaça o trabalho que simplesmente deixa de existir quando estes problemas acontecem.” , completa Bruno.

Para concluir o curso em Artes Visuais, o artista trabalhou com o tema “A imagem é sempre virtual” no qual aborda a virtualidade das imagens. O artista fez alusão a uma característica dos espelhos convexos, que sempre produzem imagens virtuais, segundos conceitos da física. E este é o ponto central dos trabalhos de Bruno, que relaciona o real e o virtual de forma em que ambos se tornem convergentes.

“A palavra virtual é uma palavra que é relacionada com a criação, com o que não existe mas que é possível de existir ou de se imaginar. Portanto, vejo que toda a criação artística, poética ou ficcional em essência lida com a virtualidade. Ao mesmo tempo, também acho que a virtualização é um processo que é muito intenso na nossa vida contemporânea, então tratar dela é discursar sobre um tema que está muito presente em nossas vidas”.

Por ter formação em arquitetura e gosto por computação gráfica , Bruno utiliza dessas ferramentas para os seus processos criativos, no qual são sempre experimentadas em modelos 3D, mas mesmo optando por ferramentas digitais Bruno não se considera um artista digital e sim um artista contemporâneo.

http://cargocollective.com/brunoborne





Quando: 26/04 (das 19h) e 27/04 (18h)

Local: Teatro do SESC (Avenida Alberto Bins, 665 – Centro).

Os ingressos serão distribuídos gratuitamente, de 22 a 25 de abril retirada somente para comerciários. Público em geral 1 hora antes das apresentações na bilheteria do Teatro do SESC (Avenida Alberto Bins, 665 – Centro). Telefones: (51) 3284-2070 (51) 3284-2007

Programação:

Sábado, 19h:
Diego Abelardo e a sua Agnostic Orchestra
Orquestra Vermelha

Domingo, 18h:

Opala
Fernando Velázquez



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