segunda-feira, 16 de outubro de 2017

4˚ Festival Kino Beat 2017

4ª Edição do Festival Kino Beat de Imagem e Som em movimento, traz atrações nacionais e internacionais inéditas para Porto alegre. 

No dia 08 de novembro e de 16 à 19 de novembro acontece no Teatro do SESC Centro, a 4˚ edição do Festival Kino Beat, que reúne diversas atrações nacionais e internacionais em apresentações com entrada franca. O Kino Beat é um Festival de música exploratória, performances audiovisuais multimídia e artes integradas. 

A partir dos pilares, imagem (Kino) e som (Beat), apresenta artistas e atividades multidisciplinares, que utilizam de diversos modos as tecnologias no processo criativo de suas obras. O experimental, o sensorial e a imersão, são premissas para composição do seu programa. O subtítulo “imagem e som em movimento” que dá apoio ao nome do festival, além de indicar a movimentação física, da pressão sonora ou da luz, aponta um movimento de constante evolução do festival. 

O Kino Beat reforça com a sua programação o seu compromisso de privilegiar propostas artísticas emergentes, ou já consolidadas, mas com pouca visibilidade na cidade. O Festival tem como missão propor experiências, surpreender e desafiar, ao mesmo tempo tem a necessidade de formar e consolidar um público, ser um agente estimulador para artistas locais e um ponto de conexão com o mundo. 

 O 4˚ Festival Kino Beat é uma realização do SESC-RS e Kino Beat, e conta com o apoio da Aliança Francesa, Timac Agro, Embaixada da Espanha, Cine Esquema Novo, Silvo, Sinergy, Bandits e Conseil des arts et des lettres du Québec. A programação da 4˚ edição é concentrada no Teatro do SESC Centro, serão 8 espetáculos, 2 sessões de cinema, 1 workshop e 1 instalação, de artistas oriundos de 5 países. Estruturada em eixos, a programação aproxima artistas e linguagens por afinidades criativas. Os eixos são transversais e perpassam os limites da programação em cada um dos dias, o que resulta em uma polifonia estética. 

O eixo Brasil Atemporal expõem sonoridades e imagens que resgatam artistas e tradições esquecidas ou pouco conhecidas da música feita no Brasil, seja através de interpretações originais ou resignificadas. 
O eixo é composto por: 
Cadu Tenório e Juçara Marçal 
Maria Rita Stumpf 
DJs Selvagem 
Trilogia de curtas-metragens Cantos de Trabalho, de Leon Hirzman 

No sábado dia 18/11 a dupla Cadu Tenório e Juçara Marçal apresentam o show ruidoso e visceral baseado no disco Aganga, lançado em 2015. Parte do disco são reinterpretações contemporâneas de vissungos (cantos de trabalho) recolhidos por Aires da Mata Machado Filho em São João da Chapada, município de Diamantina (MG) na década de 1920 —, além de cantos do Congado Mineiro. 



Antes do show Aganga, será exibido a trilogia Cantos de Trabalho do cineasta carioca Leon Hirszman. Formada por Mutirão, Cacau e Cana-de-açúcar, três documentários de curta-metragem que registram as cantorias dos trabalhadores na zona rural do Nordeste brasileiro, registrado entre 1974 e 1976. 

No domingo 19/11 a cantora e compositora gaúcha Maria Rita Stumpf, que teve seu primeiro disco, "Brasileira", lançado em 1988, retorna aos palcos depois da carreira pausada no início dos 90. A artista e sua banda, apresentam repertório do disco “Brasileira”, que foi relançado esse ano, após ser redescoberta principalmente por jovens DJs e colecionadores de vinil mundo a fora. Hoje, o disco original "Brasileira" é item de colecionador, sendo encontrado à venda por centenas de euros em sites especializados. Há desde cânticos brasileiros a percussões africanas, toques indígenas, passando por flautas, piano e sintetizadores. As fusões e temáticas que tornaram o disco incompreendido na época do seu lançamento é justamente o que o torna vivo e relevante 30 anos depois. 



A abertura do show da Maria Rita Stumpf será feita pelos DJs da Selvagem, na cafeteria do SESC, com a discotecagem de músicas brasileiras que você nunca imaginou que existisse. A dupla, criadora do selo musical Selva, é responsável pelo relançamento do disco “Brasileira”. 



O eixo Instrumentos Oníricos contempla artistas que criam músicas fantasiosas, de natureza sutil e introspectiva, repletas de paisagens de silêncio e sons, que acompanham longas viagens em estradas imaginárias. Na produção dessas músicas, objetos sonoros, instrumentos acústicos, eletrônicos e digitais se equivalem como protagonistas. 
O eixo é composto por: 
Pierre Bastien
Barulhista e Solaris 
workshop de objetos sonoros do Paulo Santos (Uakti) 

No dia 16/11, o cavalheiro francês nascido em 1953 chamado Pierre Bastien apresenta o show Quiet Motors. No cruzamento entre música e arte visual, ele mistura os sons do seu trompete com os barulhos das esculturas de som mecânicas que ele próprio constrói, também projetando em tempo real o interior dessas esculturas. Seu trabalho é descrito como "uma orquestra de som atemporal, tanto futurista quanto ligeiramente Dada, evocando antigas tradições em sua música surpreendentemente sensual". 

Na sexta dia 17/11 o artista mineiro Barulhista mostra o seu trabalho criado a partir da lógica do remix. Barulhista cria intrincadas camadas sonoras a partir dos cacos de sons e imagens que lhe servem de alicerce. Um trabalho de sensibilidade, repleto sintetizadores preguiçosos e climáticos que se espalham ao fundo de cada composição. Ruídos eletrônicos, captações urbanas e batidas tortas. Ambientações oníricas e bases dançantes, que fazem valer a frase “música para dançar sentado” que o artista usa para apresentar sua própria obra. 



No sábado dia 18/11 o paulista Richard Ribeiro, um dos mais criativos bateristas da atualidade, apresenta peças instrumentais exploratórias inéditas. No palco, ele conta também com vibrafone, arcos, sinos e sampler. O seu trabalho como Solaris é impulsionado, entre outras referências, por literatura de ficção científica e realismo fantástico. Atualmente, o baterista trabalha em estúdio e se apresenta ao vivo junto a nomes como Marcelo Jeneci, Gui Amabis, Arthur Nogueira e Guizado, Tulipa Ruiz, Marcelo Camelo, Karina Buhr, entre outros expoentes da nova canção. 



Ainda no sábado o músico multi instrumentista, Paulo Santos co-fundador do grupo mineiro Uakti, ministra um workshop sobre Objetos Sonoros. Ele aborda a linguagem musical e didática do Uakti, práticas rítmicas utilizando figuras geométricas, “tubos baquetas” e objetos do cotidiano doméstico. O workshop nasceu a partir de sua pesquisa com objetos sonoros e a possibilidade de compor para estes sons, focando nos processos de tirar som dos objetos, definir técnicas de performance e depois compor com estas sonoridades. Outro ponto abordado, trata da experiência musical adquirida nestes anos em que foi músico atuante do grupo Uakti, com apresentações por todo mundo e colaborações outros artistas renomados. 



O eixo Audiovisual Explodido desarma as barreiras entre música, cinema e performance, ampliando o olhar nos espaços fronteiriços onde se situam os artistas selecionados. A complexa tecnologia que transforma campos eletromagnéticos em som e luz, se choca com projetores analógicos e o fetiche da película, que abre espaço para interações reativas entre som e imagens digitais. 
O eixo é composto por: 
Martin Messier, Hroski, Luis Macías e Adriana Vila Guevara (CRATER-LAB) e a 
mostra PHENOMIA, de curtas experimentais espanhóis



O festival abre na quarta dia 08/11 com a performance de cinema ao vivo e expandido “Mesmo o Silêncio é Causa de Tempestade” dos espanhois Luis Macías e Adriana Vila Guevara, atividade realizada em parceria com o Festival Cine Esquema Novo e apoio institucional da Embaixada da Espanha. Criada a partir de dispositivos de projeção analógica, com slides de 35mm e película de 16mm (manipulada com processamento manual, experimentos fotoquímicos e impressão óptica quadro a quadro). Combina o som criado por Alfredo Costa Monteiro, de gravações de campo e música eletroacústica, em uma performance de experimentação visual e sonora. Uma experiência perceptiva exorbitante sobre a relação com a natureza: hipnótica, sutil e violenta. Depois da performance os dois artistas apresentam a mostra PHENOMIA, um programa de curtas-metragens experimentais realizados por autores espanhóis, que exploram o meio cinematográfico através de técnicas e procedimentos não convencionais, gerando relações entre formatos analógicos e digitais.

Filmes da Mostra PHENOMIA

SIN DIOS NI SANTA MARÍA Samuel M. Delgado e Helena Girón / 2015 / 16mm (projeção em vídeo) / som / cor / 11min.

THIS BOGEYMAN Pere Ginard / 2016/ super8 (projeção em vídeo) / som / cor / 3min

LISTEN TO ME Carla Andrade / 2016 / super 8 (projeção em vídeo ) / som / b&n e cor / 7min

ANSWER PRINT Mónica Savirón / 2016 / 16mm (projeção em vídeo) / som / cor / 5min

FILM QUARTET / POLYFRAME Antoni Pinent / 2006-2008 / 35mm (projeção em vídeo) / som / b&n-color / 9'24 min

PIXEL JUNGLE Klara Ravat / 2015 / 16mm / mudo / cor / 3.26 min

PSYCHO 60/98 Blanca Rego / 2016 / vídeo / som / cor / 6'18 min

40" OF A FRAME Albert Triviño / 2009 / super8 (projeção em vídeo) / cor / mudo / 40 "min

THE KISS Luis Macias / 2014 / 35mm (projeção 16mm) / b&n / som / 8'50 "min



Na quinta dia 16/11 o canadense Martin Messier lança o seu mais novo projeto FIELD, e assume que é possível criar sons usando campos eletromagnéticos do nosso meio ambiente. Esses sinais elétricos imperceptíveis são captados por microfones eletromagnéticos transdutores, e se tornam os geradores da performance. No palco, ele toca com duas placas de conexão, desenvolvidas por ele mesmo, que oferecem várias possibilidades de entrada e saída do som. 


Por um contínuo movimento de plugar e desplugar nas placas, emerge uma composição de som e luz. Com FIELD, Messier materializa esse fluxo de energia antes inaudível e invisível. 

Na quarta dia 17/11 o belga radicado na Suíça, Hroski, mostra pela primeira vez fora da Europa o seu projeto audiovisual recém criado. Sua apresentação essencialmente eletrônica, combina imagens reativas ao som, controladas por um dispositivo de luz esférica, que dispara representações visuais da personalidade musical e pessoal do artista. Suas composições transitam entre o hip hop instrumental e o pop eletrônico, no meio do caminho entre a introspecção da mente e a vibração do corpo.




         Programação 4˚ Festival Kino Beat - 8 e 16 a 19 de novembro no Teatro do SESC Centro

08/11 quarta-feira (20h) - Luis Macías & Adriana Vila Guevara (Espanha/Venezuela) “Mesmo o Silêncio é Causa de Tempestade” + Mostra PHENOMIA de curtas experimentais espanhóis. 

16/11 quinta-feira (20h) - Martin Messier performance FIELD (Canadá) e Pierre Bastien performance Quiet Motors (França) 

17/11 sexta-feira (20h) - Barulhista (BH) e Hroski (Bélgica) 

18/11 sábado (19h) - Cadu Tenório (RJ) e Juçara Marçal (SP) no show Aganga + Solaris (SP) + Trilogia de curtas Cantos de Trabalho do Leon Hirzman + Workshop Objetos Sonoros - Paulo Santos (Uakti) 16h (local a confirmar) 

19/11 domingo (19h) - Maria Rita Stumpf e banda + DJs Selvagem (SP) (na cafeteria) 18h 

De 08/11 à 19/11 na entrada do SESC Centro Marcelo Armani (RS) Da Escuta da Matéria aos Escombros do Ser. Instalação sonora silenciosa. 

Entrada Franca 
Distribuição de ingressos inicia 1 hora antes do início do espetáculo na bilheteria do Teatro do SESC - Av. Alberto Bins, 665 - Centro, Porto Alegre(sujeito a lotação).

Acompanhe a programação e informações pelo fb/kinobeat

Informações: gabrielcevallos@kinobeat.com

Um comentário:

  1. Ta incrível a programação! Porém, não encontrei ONDE/COMO se inscrever para workshop. agradecida!

    ResponderExcluir