segunda-feira, 31 de março de 2014

O QUE É O KINO BEAT

Movimento+ Batida. Unir arte e música contemporânea. De uma ideia que parece ser incialmente simples, nasceu o Kino Beat, Festival que investiga a relação entre o som e a imagem. Kino vem da tradução em grego para movimento e do alemão cinema. Já Beat vem do inglês batida e ritmo do som.

O Kino Beat foi criado pelo produtor cultural e DJ Gabriel Cevallos com o intuito de explorar temáticas ligadas à imagem e à música contemporânea. Além disso, o Kino ainda pretende debater e estudar os desdobramentos da arte digital, como a tecnologia de imagens generativas, e, no som, experimentações de música orgânica e eletrônica.

O projeto nasceu em formato de mostra cinematográfica em 2009, já sob a curadoria de Gabriel Cevallos, criador do projeto. Em 2014, a primeira edição do Festival vai revelar atrações inéditas na capital, como Opala – banda formada por Lucas de Paiva e Maria Luiza Jobim, filha do mestre Tom Jobim – e o premiado artista Fernando Velásquez, uruguaio radicado no Brasil.

Para entender melhor a iniciativa, conversamos com Cevallos, que explica melhor a ideia do projeto.

O Kino Beat nasceu de uma inquietação tua? Da onde surgiu a ideia de fazer o Festival?
A marca Kino Beat nasceu em 2009, quando eu trabalhava como estagiário na CCVF - Coordenação de Cinema, Vídeo e Foto da Secretaria Municipal de Cultura. Fui instigado a fazer um projeto em que eu pudesse coordenar, e foi quando nasceu a Mostra Kino Beat de filmes relacionados a música eletrônica.

No ano seguinte, saí da CCVF mas o projeto continuou com mais 2 Mostras de Filmes, já abertas ao universo da música como um todo. Paralelamente surgiu o Kino Beat ao Vivo, projeto de performance audiovisuais, em formato de show, espetáculo, com experimentações entre som e imagem. O Festival é uma evolução da programação e formato do que começou em 2009, centrando nessa 1˚ edição somente em shows, mas para as próximas edições já pensamos na exibição de filmes, palestras, exposições. Mas sim, ele é fruto da minha inquietação de querer trabalhar e expor um conteúdo de arte alternativo na cidade, de ser um espaço pra quem goste de se surpreender, conhecer artistas e propostas artísticas que busquem a novidade na invenção.

E quais são os maiores desafios do Festival?
Além dos mais diretos que é realmente sair do papel, ter grana pra fazer e espaço, por isso esse parceria com o SESC POA é tão imporantente, é transparecer de forma clara e objetiva suas intenções para um público novo e pro próprio público já iniciado. É ser visto como uma plataforma séria de proposição cultural pra cidade, a de oferecer algo para o povo que não seja o de sempre, e ter um espaço cada vez maior pra isso, seja na mídia ou no imaginário das pessoas.

Como foi a recepção do público na primeira mostra? Qual é a tua expectativa para a primeira edição do Festival?
Todas as 7 edições entre Mostra KB e KB ao Vivo foram sempre muito boas, seja de público, proporcional ao seu tamanho, e até de mídia. O interesse sempre veio com bastante curiosidade e aceitação, principalmente de quem já consome esse tipo de arte, que é carente de ações parecidas na cidade. Minha expectativa é ótima, o projeto cresceu e com isso a programação pode ficar um pouco maior também. Nomes de fora, atrações relevantes, isso movimenta a ceninha um pouco. A previsão de ao menos mais 2 edições ao longo do ano já confirmadas e a possibilidade de mais outras também me anima bastante, por deixar o projeto ativo e vivo o ano todo, movimentando cada vez mais a cidade, ampliando público e a marca.

Quais são as influências do Kino? Em que Festivais gringos ele se espelha?
As influências são muitas, tão grande quanto o mundo da arte pode ser. No meu sonho o KB pode se tornar como uma grande bienal onde todo tipo de manifestação de arte pode aparecer. Mas voltando pra terra, me espelho em festivais como Transmediale, Mutek, Sónar e os brasileiros Multiplicidade, Live Cinema, Novas Frequências e muitos outros.

Um comentário:

  1. É um caminho bem feito que nos enche de expectativas. Sucesso para este 1º Festival. E, parabéns ao SESC também pela iniciativa.

    ResponderExcluir